terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Desenho de Observação
Trabalhos realizados pelos alunos do 7ºC - 2008/2009






Estudo do PONTO e LINHA





E s t u d o d a T E X T U R A


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

A COMUNICAÇÃO VISUAL é um fenómeno espontâneo, que usamos sem darmos conta e que esconde um processo muito complexo. Comunicar é trocar mensagens com outras pessoas. É a capacidade que homens e animais têm de emitir e receber mensagens.
Quando comunicamos recorremos a LINGUAGENS, a INSTRUMENTOS e a MEIOS APROPRIADOS para o podermos fazer com eficácia. Para entendermos melhor o processo pelo qual nos ligamos uns aos outros e pelo qual compreendemos o nosso meio envolvente, convém conhecer as técnicas de comunicação de diferentes meios.

Uma LINGUAGEM é um sistema de SIGNOS que combinados entre
si, podem produzir uma multiplicidade infinita de significados.
Exemplos: com as palavras que conhecemos podemos dizer ciosas
novas todos os dias; com a imagem, o som, a montagem e todos os
Fig. 1 - René Magritte «Isto não é uma maçã»processos do cinema, os cineastas realizam filmes diferentes; com o
desenho, o texto, os balões, etc., podemos criar bandas desenhadas sempre originais.

Os tipos de linguagens podem agrupar-se em:

1 - LINGUAGENS VERBAIS, que utilizam as palavras.
2 - LINGUAGENS NÃO VERBAIS, que não usam palavras. A pintura e o desenho são linguagens não verbais.

3 - LINGUAGENS MISTAS, que utilizam simultaneamente a linguagem verbal e a não verbal. A Banda Desenhada, o Cinema, a Televisão e o design gráfico são linguagens mistas.

As imagens comunicam e como em qualquer outro processo de comunicação, temos presentes os seguintes elementos:
O EMISSOR (quem produz a imagem)
A MENSAGEM (o que a imagem pretende transmitir)
O MEIO DE COMUNICAÇÃO (os suportes da imagem: um cartaz, uma fotografia em revista ou jornal, uma pintura mural, um outdoor, etc)
O RECEPTOR (o observador da imagem)
O RUÍDO (o que pode interferir e alterar a mensagem emitida em relação à mensagem recebida).
O RESULTADO DA COMUNICAÇÃO (o que o receptor capta da mensagem).
Existem formas de COMUNICAÇÃO VISUAL que são CASUAIS e mensagens INTENCIONAIS.
As formas de comunicação visual CASUAL correspondem a imagens que significam algo. Assim, quando vemos nuvens negras no céu pensamos, ou dizemos, que vai chover. A esta situação chamamos comunicação visual casual pois estas imagens visuais não foram criadas com a intenção de comunicar uma mensagem concreta.

As Mensagens visuais INTENCIONAIS têm uma linguagem própria estruturada através de SIGNOS VISUAIS que permitem organizar e codificar a mensagem a transmitir.
Na Comunicação Visual podemos ter vários tipos de Signos: INDÍCIOS, ÍCONES, SINAIS, SÍMBOLOS, LOGOTIPOS e PICTOGRAMAS. A leitura destes signos visuais depende do seu significado próprio, mas também do conhecimento e da experiência prática e do hábito daqueles que o interpretam.
Terminologia:

INDÍCIO - É um SIGNO incompleto porque sugere sem afirmar ou representar completamente. O INDÍCIO é um SIGNO visual próprio da comunicação casual.
Por exemplo, as nuvens negras no céu indicam a possibilidade de chover, a existência de fumo no pinhal indica a possibilidade de um incêndio, as marcas na areia podem sugerir que algum animal passou por ali.

ÍCONES – A palavra ícone deriva do termo grego «eikom» que significa «imagem». A palavra ícone começou por ser usada com um sentido religioso. São ícones as imagens religiosas antigas e pintadas (característica principal da Igreja Ortodoxa e também presente na Igreja Católica), que possuem um significado mais profundo que as imagens dos santos que costumamos ver e ter em nossas casas.
Actualmente utiliza-se o termo ícone também para designar imagens/símbolos, como por exemplo: lata de Coca-cola; a imagem de Marilyn Monroe, entre outros ou mesmo pequeno desenho que representa um objecto ou um programa (na Informática).

SINAL - O sinal é um signo elementar destinado a provocar uma acção condicionada imediata, sem necessidade de reflexão. Os sinais são convenções que por isso necessitam de ser apreendidas, embora na sua concepção se procure um significado universal. Por exemplo, os sinais de trânsito são iguais e compreendidos em todo o mundo, ou das bandeiras dos países, se te explicarem a ideia que transmitem, ou as letras com que escrevemos.

SÍMBOLOS - são SIGNOS que não têm correspondência directa entre a sua forma e o seu significado. Para compreender a mensagem comunicada no símbolo é necessário reconhecer o código a que o símbolo pertence ou a intenção do que se pretende comunicar. Existem símbolos que são universais como a cruz que é reconhecida pela maioria das pessoas e que remete para Jesus, o cristianismo, para as cruzadas, o martírio religioso, etc. Outros símbolos novos, obrigam, à sua aprendizagem.
Os símbolos utilizados na representação gráfica de uma determinada organização podem ser de dois tipos:
figurativos (representa um signo pictórico, facilmente reconhecível) ou
abstractos (não possui um significado prédefinido).

LOGOTIPO – O logótipo representa a imagem de uma empresa. Um logótipo apelativo tem maiores probabilidades de ficar gravado na mente dos clientes, imprimindo assim uma imagem mais forte à empresa.
O designer Adrian Frutiger (1999) considera que a origem do Logotipo remonta aos criadores de gado, que precisavam de marcar os seus animais com símbolos que identificassem a sua propriedade.
Os primeiros comerciantes também utilizavam o recurso gráfico para diferenciar as suas mercadorias. Também os artesãos e oleiros do antigo Egipto e da Mesopotâmia costumavam

assinar os seus trabalhos como uma marca de orgulho profissional.

MARCA - A Marca é muito mais do que um símbolo ou um logotipo, ela é o conjunto de sinais e acções de marketing baseadas numa missão que visam criar uma imagem para um determinado público-alvo.
As funções principais de uma MARCA são:
A - Identificar e diferenciar uma empresa, ou instituição, da sua concorrência.
B - A identidade visual geralmente é composta num primeiro nível pelo logotipo e pelo símbolo, e num segundo nível pela cor e pela tipografia.

PICTOGRAMA - Um pictograma (do latim picto – pintado + grego graphe – caracter, letra) é um símbolo que representa um objecto ou conceito por meio de ilustrações. São um SIGNO elementar que tem como significado directo a imagem que representada.
São assim chamados pelo seu significado directo e leitura imediata (um peixe para indicar local de pesca, 1, prato e garfo para assinalarem restaurante próximo.

Exercício prático (aula):
Concepção de uma Logótipo.

Temas de Opção:
1 – Proposta de um Logótipo para o Aquário Vasco da Gama, um símbolo de identificação de uma loja de aquários ou outro tema relacionado com «peixes», dando continuidade ao trabalho que tem vindo a desenvolver;
2 – Um Logótipo, símbolo ou pictograma para o Clube do Ambiente da Escola;
3 – Símbolos ou Pictogramas para colocar em zonas diferentes e chamar a atenção para a necessidade de «reciclar».

T.P. C. Pesquisa de SINAIS, SÍMBOLOS, LOGOTIPOS e PICTOGRAMAS.
Bom Trabalho!

Avaliação
- Compreendi e sei identificar o que são Signos, Indícios, Sinais, Símbolos, Logótipos e Pictogramas? …………………… ……………….…………………………………
- Consegui realizar a pesquisa com todos estes exemplos? .........…………………
- Compreendi a importância do Logótipo para a imagem de uma empresa? ……
- Escolhi realizar um trabalho sobre ………………………………………………………
- Adquiri conhecimentos sobre como executar um signo? …………………………

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Escrita e o Alfabeto
(Adaptação e excerto de:
http://www.10emtudo.com.br/artigos_1.asp?CodigoArtigo=24&Pagina=1&tipo=artigo (25Set.2007)

Durante milhares de anos os homens sentiram a necessidade de registrar e "ler" informações. Desenvolvida originalmente para guardar registros de contas e trocas comerciais, a escrita tornou-se um instrumento de valor inestimável para a difusão de ideias e informações. Foi na Antiga Mesopotâmia há cerca de 6 mil anos atrás, que se desenvolveu a escrita.
A escrita cuneiformeNo início, a escrita era feita através de desenhos: uma imagem estilizada de um objecto significava o próprio objecto. Como essa escrita era bastante complicada, os sinais tornaram-se gradualmente
mais abstractos, de forma a tornar o processo de escrever mais objectivo, o que levou à evolução do sistema pictográfico para uma forma de escrita totalmente abstracta, composta por uma série de marcas em forma de cunha e com um número muito menor de caracteres.



Esta forma de escrita ficou conhecida como cuneiforme (do grego, em forma de cunha) e era escrita em placas de argila molhada, usando-se uma espécie de caneta de madeira com a ponta na forma de cunha. Quando estas placas endureciam, forneciam um meio quase indestrutível de armazenamento de informações.


A escrita do antigo Egipto


Os hieróglifos egípcios formavam um tipo de escrita baseada em sinais pictográficos, que eram adaptados para diferentes objectivos. Este sistema foi usado durante cerca de 3 mil anos, mantendo sempre a sua forma pictórica. Por exemplo: o hieróglifo para a palavra "olho", era o desenho de um olho; para "choro" era um olho acrescido de linhas representando as lágrimas.
Os hieróglifos eram bem adaptados à arte de entalhe das letras (a palavra hieróglifo significa "gravação sagrada") e eram amplamente usados para gravações em documentos e paredes de túmulos. Mas eram difíceis de escrever e os escribas egípcios desenvolveram um outro estilo, mais prático e rápido de escrever a caneta sobre o papiro.



O surgimento do alfabeto

Embora os hieróglifos egípcios constituíssem um alfabeto perfeitamente funcional, a origem do alfabeto ocidental está na escrita dos povos da região do Mediterrâneo, nos fenícios, que viveram ao longo da costa da Síria e do Líbano (Século XII a.C.)
Pelo facto de serem excelentes comerciantes, os fenícios deixaram as suas inscrições por uma área extensa, desde a Espanha à Grécia. Ao encontrar uma forma de representar as vogais, os gregos desenvolveram um alfabeto (a palavra deriva de alfa e beta, as duas primeiras letras do alfabeto grego).
O alfabeto usado pelos gregos não permaneceu estático e foi sendo simplificado, estando depois na origem do alfabeto romano. As letras romanas eram bastante semelhantes às gregas, embora alguns ângulos agudos de certas letras gregas tivessem sido arredondados no alfabeto romano e algumas das letras gregas foram retiradas do alfabeto romano ('th' ou 'ph'). No entanto, em geral, o alfabeto romano do século VII a.c. ainda é o alfabeto usado nos países ocidentais nos dias de hoje.



Tipos Romanos

Outros tipos de escrita que não têm um alfabeto

O chinês teve um desenvolvimento bem diferente. Enquanto no Ocidente a tendência foi pela redução do número de sinais, na China tornou-se mais complexa. A escrita permaneceu não alfabética e alterou-se muito pouco na sua essência, desde que foi desenvolvida.
Os sinais chineses representam conceitos e fazem isso de inúmeras formas. Por exemplo, alguns dos sinais são figuras estilizadas de objectos, alguns são combinações desses sinais para indicar maior complexidade de ideias abstractas e alguns resultam de combinações para indicar um som.
O número de sinais necessários, hoje em dia, é de aproximadamente 50 mil, o que torna esta escrita muito difícil de ser aprendida. No entanto, apresenta uma vantagem significativa, que foi útil na China: poder ser lida por uma população que falava diferentes dialectos.