sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Escrita e o Alfabeto
(Adaptação e excerto de:
http://www.10emtudo.com.br/artigos_1.asp?CodigoArtigo=24&Pagina=1&tipo=artigo (25Set.2007)

Durante milhares de anos os homens sentiram a necessidade de registrar e "ler" informações. Desenvolvida originalmente para guardar registros de contas e trocas comerciais, a escrita tornou-se um instrumento de valor inestimável para a difusão de ideias e informações. Foi na Antiga Mesopotâmia há cerca de 6 mil anos atrás, que se desenvolveu a escrita.
A escrita cuneiformeNo início, a escrita era feita através de desenhos: uma imagem estilizada de um objecto significava o próprio objecto. Como essa escrita era bastante complicada, os sinais tornaram-se gradualmente
mais abstractos, de forma a tornar o processo de escrever mais objectivo, o que levou à evolução do sistema pictográfico para uma forma de escrita totalmente abstracta, composta por uma série de marcas em forma de cunha e com um número muito menor de caracteres.



Esta forma de escrita ficou conhecida como cuneiforme (do grego, em forma de cunha) e era escrita em placas de argila molhada, usando-se uma espécie de caneta de madeira com a ponta na forma de cunha. Quando estas placas endureciam, forneciam um meio quase indestrutível de armazenamento de informações.


A escrita do antigo Egipto


Os hieróglifos egípcios formavam um tipo de escrita baseada em sinais pictográficos, que eram adaptados para diferentes objectivos. Este sistema foi usado durante cerca de 3 mil anos, mantendo sempre a sua forma pictórica. Por exemplo: o hieróglifo para a palavra "olho", era o desenho de um olho; para "choro" era um olho acrescido de linhas representando as lágrimas.
Os hieróglifos eram bem adaptados à arte de entalhe das letras (a palavra hieróglifo significa "gravação sagrada") e eram amplamente usados para gravações em documentos e paredes de túmulos. Mas eram difíceis de escrever e os escribas egípcios desenvolveram um outro estilo, mais prático e rápido de escrever a caneta sobre o papiro.



O surgimento do alfabeto

Embora os hieróglifos egípcios constituíssem um alfabeto perfeitamente funcional, a origem do alfabeto ocidental está na escrita dos povos da região do Mediterrâneo, nos fenícios, que viveram ao longo da costa da Síria e do Líbano (Século XII a.C.)
Pelo facto de serem excelentes comerciantes, os fenícios deixaram as suas inscrições por uma área extensa, desde a Espanha à Grécia. Ao encontrar uma forma de representar as vogais, os gregos desenvolveram um alfabeto (a palavra deriva de alfa e beta, as duas primeiras letras do alfabeto grego).
O alfabeto usado pelos gregos não permaneceu estático e foi sendo simplificado, estando depois na origem do alfabeto romano. As letras romanas eram bastante semelhantes às gregas, embora alguns ângulos agudos de certas letras gregas tivessem sido arredondados no alfabeto romano e algumas das letras gregas foram retiradas do alfabeto romano ('th' ou 'ph'). No entanto, em geral, o alfabeto romano do século VII a.c. ainda é o alfabeto usado nos países ocidentais nos dias de hoje.



Tipos Romanos

Outros tipos de escrita que não têm um alfabeto

O chinês teve um desenvolvimento bem diferente. Enquanto no Ocidente a tendência foi pela redução do número de sinais, na China tornou-se mais complexa. A escrita permaneceu não alfabética e alterou-se muito pouco na sua essência, desde que foi desenvolvida.
Os sinais chineses representam conceitos e fazem isso de inúmeras formas. Por exemplo, alguns dos sinais são figuras estilizadas de objectos, alguns são combinações desses sinais para indicar maior complexidade de ideias abstractas e alguns resultam de combinações para indicar um som.
O número de sinais necessários, hoje em dia, é de aproximadamente 50 mil, o que torna esta escrita muito difícil de ser aprendida. No entanto, apresenta uma vantagem significativa, que foi útil na China: poder ser lida por uma população que falava diferentes dialectos.

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